Educação e tecnologia
2 de maio de 2023

Para a viabilização do projeto, a Apeti contou com o apadrinhamento de alunos por parte de empresas associadas à entidade. Dessa forma, os estudantes terão contato direto com organizações de tecnologia de destaque em nossa região, o que se configura como oportunidade de trabalho em um futuro breve

por Ligya Aliberti

Sabemos que o aumento da evasão escolar foi uma das mais preocupantes consequências da pandemia da Covid-19. Uma avaliação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aplicada em 2021, mostrou que o número de crianças e adolescentes fora da escola cresceu 171% em comparação a 2019.

Já um estudo da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), divulgado em setembro de 2022, revelou os principais motivos apontados pelos alunos para justificar não estarem frequentando a escola. Metade (48%) afirma que deixou de estudar “porque tinha de trabalhar fora”; 30% dizem que saíram “por não conseguirem acompanhar as explicações ou atividades”; e 29% falam que desistiram porque “a escola não tinha retomado atividades presenciais”.

Na contramão desses dados, vemos, no mercado de Tecnologia da Informação, uma demanda crescente por profissionais. Enquanto, em janeiro de 2022, existiam 24 mil vagas abertas para os 25 cargos de tecnologia em alta, no mesmo período de 2023 havia 33 mil, ou seja, um aumento de 38%, segundo estudo realizado pela plataforma de inteligência de vendas Cortex a pedido da Forbes Brasil.

Não é segredo que, se queremos um resultado diferente no futuro, temos que promover mudanças agora. Enquanto é esperado que políticas públicas apoiem a população em sua estruturação familiar, de modo a permitir que o lugar da criança seja na escola, podemos, em nosso papel de cidadãos, colaborar para que aqueles que ainda estão nas salas de aula não as abandonem.

Nesse sentido, a Apeti (Associação dos Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação) inicia, neste mês de maio, o Programa Alicerce, um projeto que irá oferecer educação de qualidade no contraturno escolar para vinte jovens matriculados no Ensino Médio de escolas públicas. Além de recuperar a defasagem escolar dos alunos, a iniciativa irá proporcionar a chance de expandir seus horizontes e potencializar suas capacidades.

As aulas serão realizadas no Centro de Capacitação Compartilhado da Apeti, localizado no Parque Tecnológico de São José do Rio Preto, três vezes por semana, por um período de seis meses. Entre as disciplinas trabalhadas, estão leitura, escrita, matemática e habilidades socioemocionais. Além disso, os participantes receberão formação inicial na área de programação, com o projeto de Oficina Hack, e preparação para o mercado de trabalho.

Para a viabilização do projeto, a Apeti contou com o apadrinhamento de alunos por parte de empresas associadas à entidade. Dessa forma, os estudantes terão contato direto com organizações de tecnologia de destaque em nossa região, o que se configura como oportunidade de trabalho em um futuro breve.

Espera-se, assim, que o Programa Alicerce possa ser um ponto de luz em um cenário tão cinzento quando se trata da educação no Brasil. Aproximando alunos em vulnerabilidade social de uma área tão potente quanto a de tecnologia, começamos a escrever novas histórias de educação, cidadania e desenvolvimento, ao mesmo tempo em que contribuímos com a evolução de um setor que muito colabora com a economia e a prosperidade da nossa cidade.

Ligya Aliberti, Integrante do Comitê Social da Apeti (Associação dos Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação)

https://www.diariodaregiao.com.br/opiniao/artigos/educac-o-e-tecnologia-1.1233632


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