Apagões
10 de agosto de 2021

Nos últimos tempos, tenho notado um termo constante na mídia, em reportagens especializadas e afins: o termo apagão. Com a crise hídrica e a demanda crescente por energia em todos os setores da sociedade (a eletrificação dos carros, por exemplo, tem potencial de criar uma nova demanda importante), o risco de apagão ou da necessidade da ativação de meios de geração de energia poluentes e altamente prejudiciais ao meio ambiente se torna real ou, até certo ponto, inevitável.

Nos últimos tempos, tenho notado um termo constante na mídia, em reportagens especializadas e afins: o termo apagão.
Com a crise hídrica e a demanda crescente por energia em todos os setores da sociedade (a eletrificação dos carros, por exemplo, tem potencial de criar uma nova demanda importante), o risco de apagão ou da necessidade da ativação de meios de geração de energia poluentes e altamente prejudiciais ao meio ambiente se torna real ou, até certo ponto, inevitável.
Mas gostaria de chamar a atenção para um outro apagão, não menos importante, que assola todo o mundo, mas de forma mais forte o Brasil: o apagão de mão de obra.
E como essa situação parece um contrassenso: o desemprego batendo a casa dos 14,7%, atingindo 14,8 milhões de pessoas (dados do IBGE).
Não deixo de lamentar (não encontro outro termo) quando vejo reportagens de mutirões de emprego nas grandes cidades. As entrevistas realizadas (sei que não é uma amostra científica) escancaram que grande parte dos candidatos não tem capacitação para desempenhar funções mínimas, “completando” a categoria “serviços gerais”.
Atuo no segmento de tecnologia, talvez o setor que está mais sentindo a falta de mão de obra. No entanto, falando com outros empreendedores, percebemos que a formação (ou a falta dela) atingirá de forma relevante todos os setores de atividades. É urgente que busquemos caminhos para reverter esse quadro. Poder público, academia e setor privado precisam se unir e entender que esse problema atingirá a todos de forma relevante.
Tomo a liberdade de sugerir alguns pontos de discussão e propor ações.
Faz muito sentido a ação que está sendo tomada pelo Governo, pelo Ministério da Educação, de implementar um novo currículo no ensino médio, no qual cada estudante poderá “direcionar” sua formação para uma carreira. Poucos países considerados de bom nível têm um currículo “horizontal” e “generalista” como o nosso. Ponto para o Governo (sem paixões partidárias, que fique claro).
O aspecto do reforço do ensino fundamental também parece ser essencial. Ensino fundamental de qualidade é condição necessária para mudarmos o cenário a médio e longo prazo. Quem tem um ensino fundamental de qualidade tem, inclusive, maior preparo para exigir a continuidade da melhor formação nas etapas posteriores, exigir que “se suba a régua”.
E por fim, a própria formação na “milha final”: o ensino técnico e a formação na categoria tecnólogo são ótimos caminhos para a geração de mão de obra. Historicamente, os profissionais formados nessa categoria são os que evoluem nos estudos, em muitos casos, obtendo outras formações complementares.
Ainda considerando essa fase final de formação, ouvi o relato de um professor que havia trabalhado em universidades em Israel sobre uma prática muito interessante: o aluno, desde o início de sua graduação, tem contato profissional com a área que está estudando, cumprindo estágios nas empresas ou setores ligados à carreira que escolheu, onde a dedicação em carga horária vai aumentando conforme o curso vai se aproximando do final.
E esse último ponto é só um aspecto da busca da aproximação da academia com as empresas. Tem-se muito o que ganhar com a melhora nessa relação.
Temos bons sinais que podemos contribuir para a mudança desse cenário, com sinergias sendo criadas pelos diversos atores, culminando com a realidade do Parque Tecnológico de Rio Preto, um orgulho para a cidade, onde a formação em diversos níveis é um dos grandes pilares de sustentação do ecossistema de tecnologia da região.
É trabalho para gerações (potencializado pelo estrago na educação causado pela pandemia) e temos que começar agora. Não podemos perder o “bonde da história”.
por Gerson Pedrinho - Vice-presidente da Apeti (Associação dos Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação)

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